Editor: Ir .'. João Alves de Oliveira Filho
ARLS Paz e Progresso - 1184
Oriente Governador Valadares MG
E mail: joãoalvesof@hotmail.com

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Comenda do Mérito D. Pedro I foi concedida ao  
Maçon Mais Antigo do Quadro de Obreiros da
Loja Maçônica Paz e Progresso Nº 1.184..


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            -Em Sessão Magna realizada em 2008 na Loja Maçônica Paz e Progresso – 1.184, Oriente de Governador Valadares – MG com a presença do Grão Mestre Estadual Eminente Ir.’. Amintas de Araújo Xavier que se fazia acompanhar de uma grande comitiva de Deputados da PAELMG, M.’.I.’., do Ir.’. Antonio Eustáquio de Araújo – Presidente do Conselho de Veneráveis do Vale do Rio Doce e de diversos Obreiros da nossa cidade e região foi feita a entrega de Diploma e da Comenda do Mérito Dom Pedro I. Esta é a maior honraria destinada a um Maçon, que só é presenteada ao Ir.’. que comprovadamente tenha prestado sem interrupção, relevantes serviços ao Grande Oriente do Brasil, a Pátria e Fraternidade Universal num período de 50 ( Cinqüenta ) anos. O homenageado com todo merecimento foi o Ir.’. Dr. Manoel Rodrigues da Paixão. Nascido 05 de dezembro de 1922 filho de José Rodrigues da Paixão e Francisca de Assis Coelho Rodrigues, Cursou o primário e ginasial em Teófilo Otoni, Faculdade de Farmácia e Odontologia de Estado do Rio de Janeiro, onde se formou em 1950 em Odontologia, Exerceu a odontologia a princípio na sua terra natal ( Itambacuri  ), depois passou por várias cidades da região, no exercício da profissão chegando  em Governador Valadares  em 1952 , onde foi um dos pioneiros na profissão que desempenhou com destaque profissional, ético e honradez. Iniciou na Maçonaria em 18 de Junho de 1955, foi a Mestre Maçon  em 13 de Dezembro de 1955, Benemérito 06 de Maio de 1985, Emérito 19 de Dezembro de 1987, Remido 18 de Fevereiro de 1990 e Comenda do Mérito Dom Pedro I, em  07 de junho de 2008. O Resp.’. Ir.’. Dr. Manoel Rodrigues da Paixão é um orgulho vivo no quadro de Obreiros da Loja Maçônica Paz e Progresso – 1.184, pois além de ser um Maçon brilhante, trata-se de um chefe de família respeitado, honesto, e honrado na sociedade de Gov. Valadares.  Por este conjunto a Loja Maçônica Paz e Progresso orgulha de tê-lo em nosso convívio.
               Um T.’.F.’.A.’. para todos.


Ir.’. João Alves de Oliveira Filho
A.’.R.’.L.’.S.’.  Paz e Progresso – 1.184
Oriente de Governador Valadares – MG
E-mail: joaoalvesof@hotmail.com

REFORMA DO JAZIGO DO CEMITÉRIO SANTO ANTÔNIO


-O Projeto para a reforma do jazigo do Cemitério Santo Antônio foi feito pelo nosso Ir\ João Alves de Oliveira Filho. Analisado e autorizado pelo Ir\ Francisco Sérgio Silvestre - Venerável Mestre da A\R\L\S\ Paz e Progresso. A obra foi custeada pelas A\R\L\S\ Mestres do Vale – 1.065 e A\R\L\S\ Paz e Progresso – 1.184.   O Mestre de Obra dessa reforma foi o nosso - Ir\ Ap\Antônio Araújo da Silva Júnior, Obreiro da A\R\L\S\ Solidários do Rio Doce. 

Ir\ João Alves de Oliveira Filho
A\R\L\S\ Paz e Progresso – 1.184 – GOBMG –GOB – REAA
Gov. Valadares – MG
E-mail: joaoalvesof@hotmail.com
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ANTES
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DEPOIS
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terça-feira, 21 de junho de 2011

Reforma da Câmara de Reflexão



A Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo

-Ao se tomar conhecimento da trajetória da Maçonaria, pode-se perceber que ela está e sempre esteve presente na maior parte dos acontecimentos históricos.

Talvez a Revolução Francesa venha a ser o exemplo mais destacado, uma vez que os ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade eram comuns aos revolucionários e aos Maçons.
Alem disso, tendo por objetivo unir todas as religiões do mundo, a Maçonaria entra em conflito com a igreja Católica e, como resultado deste conflito, surge o primeiro documento a estabelecer o distanciamento entre as duas instituições: A constituição Apostólica (Bula Papal) in eminenti apostolatus specula, do papa Clemente XII (1730 - 1740), datada de 28 de abril de 1738, que afirma em parte de seu texto:
Por isto proibimos seriamente, e em virtude da santa obediência, a todos e a cada um dos fieis de Jesus Cristo, de qualquer estado, grau, condição, classe, dignidade e preeminência, que sejam laicos ou clérigos, seculares ou regulares, ainda os que mereçam uma menção particular, ousar ou presumir sobre qualquer pretexto, entrar nas ditas sociedades de Francomaçons ou as Chamadas maneira (COLUSSI, 2002, p.13).
Esta Bula Papal foi suficiente para difundir uma imagem e um conceito subversivos a respeito da Maçonaria, fato que ocorre ate os dias atuais.
O presente artigo não visa defender e nem atacar os Maçons e simpatizantes da Sublime Ordem, mas promover um pouco mais de conhecimento a todos os que se interessam pelo assunto e mostrar que a Maçonaria, com a proposta de unir os homens e as religiões, contribui para o avanço a fixação de um ramo do cristianismo em solo brasileiro: o Presbiterianismo.
Desta forma, amparados em fontes secundarias, abordemos a ‘‘ Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo’’, apresentando algumas das varias formas em que, amigavelmente, a Maçonaria contribuiu para a inclusão desta tradição reformada no Brasil do Século XIX.
Sabe-se que a Maçonaria tem por objetivo levar adiante o seu lema: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Assim, propomo-nos a apresentar neste artigo alguns fatos históricos que comprovam a relação amigável entre a Maçonaria e o Presbiteriano neste Brasil do Século XIX.
Ao analisarmos o trabalho presbiteriano em solo brasileiro, sem duvida alguma, não podemos desconsiderar a relação e a contribuição que a Maçonaria ofereceu para a inclusão do Presbiterianismo no Brasil. Em carta datada de 03. 02. 2007, endereçada ao presbítero Athos Vieira de Andrade, o pastor presbiteriano Waldur Carvalho Luz diz:
... Forçoso me é reconhecer que a Maçonaria, nos primórdios da igreja Presbiteriana do Brasil, preciosa cobertura e apoio, quando forte era a oposição e hostilidade por parte da igreja dominante e das autoridades adversas (apud, ANDRADE, s/d p.22)
Esta contribuição tornou-se bastante estreita, e não passou despercebida ao clero católico da época que se opôs á inclusão das novas religiões – no caso, o Presbiterianismo – em solo brasileiro.
Quando o primeiro pastor Presbiterianismo Ashebel Green Simonton (1833 - 1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou na província de São Paulo, cerca de 700 alemães Protestantes. Com a preocupação de reuni-los, Simonton procura um salão para pratica do trabalhos religiosos, porem sem sucesso. Chega a negociar o salão da loja Maçônica ‘‘Amizade’’. Mas por dificuldades financeiras , desiste de usar o local. Porem os Maçons paulistas insistem para que Simonton continue a realizar os trabalhos religiosos, e oferecem a ele o Salão da Loja gratuitamente. Andrade, citando a obra de Descartes de Souza Teixeira, faz o seguinte relato:
...Estudos e pesquisas recentes, revelando a historia da mais antiga das lojas Maçônicas de São Paulo, ‘‘ Amizade’’, realizados por José Castellani e Claudio Ferreira, permitiram extrair preciosa informação sobre cultos dos protestantes em são Paulo. A ata da sessão da Loja, datada de 15 de maio de 1858, contem a seguinte informação, aqui destacada ‘‘ in verbis’’.
...O tronco de propostas produziu uma peça de arquitetura propondo que se empreste, para os domingos, aos nossos Irmãos Protestantes, para celebraremos atos de sua religião, as salas externas deste templo. Requerida e concedida foi a proposta aprovada... e dando a palavra a bem da ordem em Geral e da Loja , o irmão H. Shroeder das salas aos nossos irmãos Protestantes ao que respondeu o Irmão Venerável...’’.
‘‘...O episodio em si mesmo é testemunho exemplar da convivência fraterna existente entre os Maçons e protestantes da época.
É especialmente revelador denominar os ‘‘ Irmãos Protestantes’’.
A loja alem de contar com vários clérigos católicos, conforme o registro de Castellani, contava com ‘‘ Irmãos Protestantes também. Esse relacionamento estendeu-se por longo tempo, atravessando mesmo o período inicial da Republica. Os Maçons prosseguiram oferecendo apoio à expansão do protestantismo no Brasil. Pastores e leigos, Protestantes ( presbiterianos e episcopais) integravam muitas Lojas Maçônicas’’ ( apud, ANDRADE, 2004, PP.55-56).
Através do registro acima, vemos a Maçonaria se relacionando de forma amigável e contribuindo para a inclusão do Presbiterianismo, cedendo seu salão para a realização das reuniões religiosas dos Presbiterianos. Alem deste episodio, outros fatos da Historia oferecem informações sobre o relacionamento entre Maçonaria e Presbiterianismo.
Um dos Grandes nomes que aqui citamos, e que fez partes do quadro do pastores da igreja Presbiteriana, é o de Miguel Rizzo Junior, filho de imigrantes italianos, que chegou ao Brasil ainda adolescente. Por volta de 1880, o missionário Ver. John Boyle (1845-1892) chega á cidade de Cajuru, onde encontra forte Oposição por parte do Catolicismo, para desenvolver seu trabalho religioso. Por onde quer que passasse, o Ver. Boyle não teria sucesso, pois o padre da cidade proibiu o povo de dar ouvidos, atender ou se comunicar com ‘‘ um certo pregador visitante’’. Com medo das advertências, a população obedeceu e ignorou o Ver. Boyle.
Porem, o Ver. Boyle encontra o Maçom Miguel Rizzo, que lhe deu toda a atenção. E este Maçom cedeu-lhe seu auditório para a realização dos serviços presbiterianos. Esta amigável acolhida resultou na conversão do Maçom ao presbiterianismo, que, posteriormente, viria a se tornar o respeitável Pastor Presbiteriano Miguel Rizzo Junior.
O estado do Paraná também é palco do histórico relacionamento entre a Maçonaria e o Presbiterianismo Guarapuava foi o local das pregações Presbiterianas realizadas pelo Ver. Roberto Lenington (1833-1903), em maio de 1886. Estas pregações eram realizadas na casa do Maçom Francisco de Paula Pletz. Mais uma Vez, vemos o Presbiterianismo iniciando na casa de um Maçom.
Mas a contribuição da Maçonaria não para ai. A relação que a Maçonaria desenvolveu com o Presbiterianismo foi alem do que imaginamos. Dois anos após a organização da Igreja Presbiteriana de Guarapuava, as instalações locais se encontravam em péssimas condições. Observando o que se passava, o Maçom e membro da igreja Francisco de Paula Pletz encaminha solicitação á Loja Maçônica ‘‘ Philantropia Guarapuavana’’ para o uso de suas dependências com fins religiosos. A igreja é atendida.
Em Minas Gerais, a cidade de Cabo Verde, especialmente, nos apresenta a relação e a contribuição que a Maçonaria amigavelmente realizou. A Loja Maçônica Deus e Caridade contribuiu e presenciou naquela cidade. Em 20 de agosto de 1870, chega a Cabo Verde o missionário Presbítero Ver. John Boyle. A loja acompanhou as dificuldades enfrentadas pelo pastor missionário, e não fugiu à sua responsabilidade, cedendo uma sala para a realização das reuniões presbiterianas.
Gostaríamos de citar aqui todos os fatos, mas não o faremos para que o curioso espírito de pesquisa seja despertado no leitor. Entretanto, cremos que os relatos aqui expostos já são suficientes para demonstrar que a Maçonaria se relaciona muito bem com instituições religiosas. E, de acordo com que pudemos pesquisar, observamos que tanto a Igreja Presbiteriana como a Maçonaria se relacionam para o desenvolvimento das religiões cristas em solo brasileiro.
Desta forma, baseados na historia, podemos afirmar que a Maçonaria foi a grande auxiliadora das novas idéias, inclusive religiosas, sobretudo quando a Igreja Presbiteriana se viu perseguida pela igreja Romana.




Colaboração do Irmão João Alves de Oliveira Filho – MM
Loja Maçônica Paz e Progresso – Nº 1.184 – GOBMG – GOB - REAA
Governador Valadares – MG

Trabalho Feito Pelo Senhor Willson Ferreira de Souza Neto é Pastor da igreja Presbiteriana do Brasil, Bacharel em teologia e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo – SP.

Trabalho Transcrito da Revista A Trolha
Edição Nº 274 – de Agosto de 2009.

Modernização da Iluminação e Ventilação



Modernização da iluminação da sala dos Passos Perdidos


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Trabalho Sobre o Salmo 133.

" Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba de Aarão e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre".

O Salmo 133 é o Salmo que entre tantos outros motivos, exulta a união entre os irmãos, salmo este que também o foi da ordem dos templários, fundada na época das cruzadas, como sabemos. Este salmo demonstra a filosofia maior da Maçonaria. Nele está contida a trilogia liberdade, igualdade e fraternidade.

• SALMO OU PSALMO: Do grego psalmos, de psallein é uma palavra grega com o significado de tocar um instrumento de corda, o saltério, espécie de harpa, e é também um cântico acompanhado de tal instrumento.
O saltério ou psaltério do grego; de psaltein é um instrumento musical de formato triangular ou trapezoidal com treze ordens de cordas, que se faziam vibrar com uma pena ou com as unhas.
Os hebreus já conheciam o saltério e que foi introduzido na Europa após as Cruzadas.
Salmo foi o nome dado pelos Setenta ao hinário de Israel, isto é aos hinos ou salmos destinados aos serviços corais do templo ou sinagogas, traduzindo por psalmos a palavra hebraica “ mizmór, “ significando cântico com o acompanhamento de um instrumento de cordas.
O Livro dos salmos é uma coleção de 150 composições poéticas, as quais através dos gêneros literários os mais diversos, apresentam conteúdo exclusivamente religioso.
Sendo a expressão da alma hebraica em oração, manifestam os mais variados sentimentos e circunstâncias: júbilo e pranto, triunfos e derrotas, tranqüilidade e angústia, agradecimento e louvor, enfim um tumultuar de afetos contados sempre com profunda suavidade.
Em hebraico, esta coleção denomina-se " tehillim ", da raiz " hálial " louvar, tratando-se portando de louvores.
Na versão Grega dos Setenta, os Salmos vêm sob o nome de " psalterion " ou " psalmoi " o que significa cantar com acompanhamento.
Do vocábulo Grego originou-se o nome dos Salmos em todas as línguas modernas, sobretudo as neolatinas.
O livro dos salmos é uma reunião de cânticos e louvores ao Senhor, feitos por Davi, Asafe, Salomão, a Moisés, a Etá e aos filhos de Coré. Teriam sido escritos no décimo século antes de Cristo em diante.
Os salmos com já mencionam são 150 e estão distribuídos assim: 5 ( CINCO ) salmos que tratam exclusivamente da glória da cidade de Jerusalém e o seu tempo passado e no futuro – São Eles: Salmos 48, 84, 122, 132; temos 7 ( SETE ) salmos que são os chamados de penitenciais: São eles: Salmos 6, 32, 38, 51, 102, 130, 143; temos 15 ( Quinze ) salmos que são conhecidos como os Salmos do Peregrino – que são eles: 120 a 134; temos 1 ( UM ) salmo que é o familiar salmo de ação de graças – que é o Salmo 36; temos o grande salmo da palavra de Deus que é o Salmo 119. E mais 6 ( SEIS ) que são conhecidos como os salmos das aleluias – São os: 111, 113, 115 a 117.
A fragilidade humana e a glória de Deus foram contrastadas no Salmo 90; o cuidado protetor de Deus foi apresentado no Salmo 91. Os salmos incluem um vasto conteúdo de profecias messiânicas: sendo 2 ( DOIS ) relativas aos sofrimentos de Cristo: São os Salmos 22 e 69; 4 ( QUATRO ) Cristo como Rei; são os salmos 2, 21, 45 e 72; 3 ( TRES ) que falam de sua Segunda vinda São os Salmos 50, 97 e 98; e fundamentalmente, o pequeno salmo 110, que descreve Cristo como o filho de Deus.
Por todos esses fatores é que a abertura do livro sagrado, no primeiro Grau, o de Aprendiz, é feito na parte central do livro, justamente no salmo 133. Todos nós conhecemos este salmo, entretanto, poucos de nós sabemos que ele é denominado de salmo do peregrino; é a peregrinação que o Maçom faz para “ refrigerar " a sua alma; para alimentar o seu corpo espiritual; para fortalecer a sua vida.
Não é suficiente, no entanto, apenas " ouvir-lhe " a leitura; é preciso, que as suas palavras sejam aceitas e compreendidas. Procuremos analisá-las e desvendar o seu verdadeiro sentido, já que essas palavras inspiradas por Davi foram escritas no décimo século antes da era Cristã.
Israel assim como seu povo é abençoado por Deus, dizem em histórias populares, que é o povo escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon, um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado por diversos e importantes rios, dentre eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes videiras e oliveiras assim com produz tudo o que se planta.
Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina, para chegar à cidade santa de qualquer parte da terra, é preciso " subir ", o que explica bem a razão de ser da expressão " das subidas ", circundada pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon.
O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve em seu cume o tempo todo, e é de lá, que vem o orvalho santo junto com as bênçãos; a neve derretida, forma os rios e os lençóis de água, e por sua importância é que no salmo 133, destaca de forma tão bela.
Quando Davi falava " O quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos! " importância que dava aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de qualquer lugar.
E o óleo citado "...é como o óleo precioso... " era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado para ungir os reis e sacerdotes, e ou aqueles que aspiravam a alguma iniciação; Importante à ponto de comparar com os irmãos unidos e sua grandiosidade.
Agora quando fala "...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião... " refere-se ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho é a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.
Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada citação, de onde podemos refletir e só assim, entendermos o que Davi Dizia:

OS IRMÃOS:

Quando o Salmo 133, sugere "...que os irmãos vivam em união... " estamos traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos no tempo, veremos que a palavra " irmão " se revela uma necessidade entre os homens e era mesmo. Com toques divinos, não menores necessidade que temos dela hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias atormentados pelas divergências e alimentados pelo ódio mais profundo, ganância e conquista sem escrúpulo.

O ÓLEO:

Deus escolhe Aarão e seus filhos para o sacerdócio, determinando o modelo, o material para a confecção das vestes e demais elementos que seriam usados para o ofício sacerdotal. A descrição dos elementos que deveriam compor o " óleo precioso ": Em 1 him (6 litros) de óleo de oliva, 500 siclos da mais pura mirra, 250 siclos de canela aromática, 250 siclos de cálamo aromático, 500 siclos de cássia e mais especiarias, tudo composto por um mestre perfumista.
Diz um historiador que estas especiarias custavam caríssimo, pois procediam de diversas regiões e de outros países. Depois de feita e mistura, passava tudo por um processo de refinamento e depuração, de modo que os seis litros iniciais se resumiam, no final, em cerca de 600 gramas. Assim, os 1.500 siclos citados, mais o preço de outras especiarias não determinado, podemos calcular que as 600 gramas finais do " óleo precioso, hoje no mercado não teria perfume de igual valor financeiro. " Além disso, o óleo precioso era para ser usado unicamente pelo Sacerdote, para santa unção, uma única vez por ano, quando o Sumo Sacerdote adentrava o Santo dos Santos. E quem se atrevesse a compor um perfume como aquele, seria extirpado do meio do povo. A fórmula era segredo da tribo de Levi, a tribo dos sacerdotes e transmitida às gerações seguintes. Dizem que quando o sacerdote usava algumas gotas sobre sua cabeça, a fragrância se exalava por todo o ambiente, por muito tempo e se estendia até o pátio externo.

AARÃO:

O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus. Aarão, Moisés e o seu povo, libertados do julgo dos egípcios, depois de merecido descanso do lado oriental do mar vermelho, reiniciaram a marcha rumo ao sul, pelas margens ocidentais da Península do Sinai, à procura de água potável, peixes, caças e pastos para seus rebanhos.
Assim como faziam os beduínos-nômades, já instalados em campo aberto, parados ou em evolução, distribuíram as doze tribos ( Famílias ) para cada grupo, assim como as doze colunas dos templos maçônicos, formando um triângulo, ou seja, três grandes colunas de combate, como faziam, naqueles tempos, os nômades dos desertos.
Na frente, estacionados ou em movimento, instalaram-se a grande coluna dos luminares ( LUZ ), protegida pelos melhores combatentes prontos para qualquer eventualidade, a que denominaram de coluna do Oriente.
Ao noroeste do triângulo, instalaram-se a coluna do Norte, igualmente em constante vigilância.
Ao sudoeste ficou a coluna do Sul. Ambas as colunas do Norte e do Sul, permaneceram em vigília dia e noite a fim de se defender de possíveis ataques vindos da parte do Egito ou de bandos de salteadores.
No centro das três colunas, naturalmente e sem mistério, instalaram-se os anciãos, mulheres, crianças, enfermos, escribas e o grande timoneiro Moisés e o sumo sacertade Aarão, onde discutiu com os escribas a elaboração de uma lei severa e forte que, depois de elaborada e promulgada, foi denominada de Lei Moisáica, portando esta lei tornou-se insuportável, devido a seu rigor como: Olho-por-olho, nariz-por-nariz, orelha-por-orelha, dente-por-dente e castigo semelhante ao crime cometido. Em face dos clamores de muitos, pedindo de uma lei vinda de Deus e não do homem, Moisés subiu o Monte Sinai para orar ao Criador e pedir inspiração na feitura de uma lei justa e perfeita.
Eis que Deus, na sua bondade misericordiosa, atendeu as súplicas de Moisés, inspirando-o para com espirito de justiça, amor e bondade, elaborar " O Decálogo de Deus, " consolidando desta forma, o sistema politico-teocrático para a Nação dos Hebreus.
O decálogo de Deus, considerado por muitos como a primeira carta constitucional da humanidade – embora reduzida – que veio consolidar o regime teocrático da Nação Israelita, era, sem dúvida, uma reduzida e autêntica constituição Maçônica – O decálogo Sagrado e os 12 mandamentos da bíblia Sagrada de hoje.


A BARBA:

Pêlos espalhados pelo rosto adorna a face do homem desde os mais remotos tempos, a barba mereceu dos mais variados, novos semitas e não semitas da Antigüidade, uns tratos especiais destinaram-lhe grandes cuidados. Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que engrandeceram o império Brasileiro, figuras imponentes pela conduta e em particular, símbolo de austeridade moral.
Os Israelitas a que pertencia Aarão evidenciaram especial estima pela barba, a ela conferiam forte merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os Israelitas por si mesmos, pelo que ela representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor profunda.

AS VESTES:

De especial significado litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para invocação da divindade.
Havia especial referência pela cor branca nas vestes, fios de lã azul, púrpura e vermelha, de linho fino e de fios de ouro, enfeitado com bordados e estola sacerdotal, nas representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o sacerdote vinculado ao ritual de coroação exibia uma pele de pantera.
No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do avental maçônico.
Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, descia pela barba e escorria à orla de suas vestes.

O ORVALHO:

O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das alturas para florir de viço as plantas, nada mais belas e nada mais sedutoras do que o frescor das manhãs, ver como as folhas cobrem-se de uma colcha úmida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz luz.
No capim deposita-se o orvalho cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra ávida de alimento, parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas floridas, formando-se pérolas do líquido cristalino, espelho da vida que exulta ao redor.


O MONTE HERMON:

Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se separa um vale profundo e extenso, apresenta-se na forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando um pouco mais, para entender a geografia dessa região que viram nascer a história do mundo bíblico: O Antilíbano é a cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa. De todas as cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois se desenvolve no nordeste ao sul-sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são visíveis à partir do mediterrâneo; Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o vento traz o orvalho.
". Um programa de televisão denominado Mosaico na TV ", trouxe há tempos uma reportagem sobre uma excursão ao vale de Hermon, onde se cultivam cereais e frutos em abundância. Num determinado trecho da reportagem, quando a câmera focaliza o topo do monte Hermon, o locutor diz: " Se não fosse o orvalho que se acumula no topo do monte e que escorre pelas abas, formando minúsculos, mas inúmeros regatos molhando o vale, ali seria um deserto". Ora, deserto é morte; vale é vida. E é exatamente o que diz o versículo 3: " Ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre. "

O MONTE SIÃO:

Também chamado de monte de Deus, o monte Sião não que seja santo por si mesmo, mas porque o Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte será um refúgio seguro e inabalável.
O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre o orvalho abençoado, todas as suas complacências.

A BENÇÃO:

Tudo que é bom e lhe é agraciado; Em Hebraico, seu significado é "berakak" palavra que deriva de “Berek” que por sua vez significa joelho. Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz de despertar a sua potencialidade energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e magia.
" O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios maternos e dos úteros ".
(Gênesis 49:25)
Assim " ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ".


Trabalho Feito Pelo Irmão João Alves de Oliveira Filho – MM
ARLS Paz e Progresso – Nº 1.184 – GOBMG – GOB – REAA
Governador Valadares – MG

BIBLIOGRAFIA:


• Colaboração Especial do IrLuiz Carlos Lopes
Membro da Loja Maçônica Floriano Peixoto
Oriente: Aimorés – MG.


• Maçonaria – Um Estudo Completo
Escritor: Irmão Júlio Doin Vieira
Editora Maçônica – A Trolha Ltda.


• Cadernos de Pesquisas Maçônicas – Caderno Nº 15
Escritor: Irmão Hélio José Lopes
Editora Maçônica – A Trolha Ltda.


• As Origens da Maçonaria – 2ª Edição
Escritor: Irmão Realino de Oliveira
Impressão: Esdeva Empresa Gráfica – Juiz de Fora – MG.


• Escritor: Irmão Péricles de Oliveira Prado
O Roteiro da Paz.