Editor: Ir .'. João Alves de Oliveira Filho
ARLS Paz e Progresso - 1184
Oriente Governador Valadares MG
E mail: joãoalvesof@hotmail.com

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A ACLAMAÇÃO HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ!


               Existem momentos fortemente marcantes na Iniciação e nas sessões Maçônicas normais. Um deles é a aclamação: “Huzzé, Huzzé, Huzzé”, firmemente pronunciada e três vezes repetida. Aclamação e não exclamação de alegria entre os Maçons usual no R.E.A.A.. A palavra HUZZÉ tem origem hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.
Existe mesmo na língua inglesa o verbo to huzza, que significa aclamar. A bateria de alegria era sempre  feita em honra a um acontecimento feliz para uma Loja ou para um Irmão. Era natural que os Maçons escoceses usassem esta aclamação. O dicionário “Michaelis” diz: huzza, interj. (de alegria) – v. gritar hurra, aclamar. Traduzindo corretamente do árabe “Huzzah” ( Viva ), significa Força e Vigor.
            “Huzzé, Huzzé, Huzzé” por constituir uma aclamação, é pronunciada com voz forte. Ela é feita apenas por duas vezes em cada reunião, por ocasião da abertura e do encerramento dos trabalhos. Trazemos às Sessões as preocupações de ordem material que podem criar correntes vibratórias que põem obstáculos e restringem nossas percepções. Ao contrário, no decorrer dos trabalhos, o esforço constante para o bem e o belo, forma correntes que estabelecem as relações com os planos superiores. Nesse sentido, a aclamação Huzzé, Huzzé, Huzzé, na abertura do trabalho oferece passagem à energia habilitando-nos a benefícios ( saúde, força e vigor ) bem mais consistentes e duradouros. O importante é que, ao iniciar a Sessão, tenhamos presente que, em Loja, tudo, verdadeiramente tudo, tem uma razão para sua existência. Nada, absolutamente nada, se faz no interior de um Templo por acaso.
                 O valor do HUZZE está no som, à energia provocada elimina as vibrações negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o Venerável Mestre receiar-se que o ambiente possa ser perturbado suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.
            Ao se aproximar do objeto mais sagrado, existente no Templo Maçônico – o Livro da Lei  ( A Bíblia Sagrada ), os maçons lembram pelo nome de Huzzé, expressando com essa aclamação alegria e contentamento, por crerem que o Grande Arquiteto do Universo se faz presente a cada sessão de nossos trabalhos.
E é a ELE que os Maçons rendem graças pelos benefícios advindos de Sua infinita bondade e de Sua presença que, iluminando e espargindo bênçãos em todos aqueles que ali vão imbuídos do Espírito Fraterno, intencionados a praticar a Tolerância, subjugar as suas Intransigências, combater a Vaidade e, crentes que assim procedendo, estarão caminhando rumo a evolução espiritual do Homem, meta do Maçom.
A Maçonaria é uma Obra de Luz; a prática da saudação está arraigada nos ensinamentos Maçônicos. A consideração da saudação Huzzé na abertura dos trabalhos está relacionada ao meio-dia, hora de grande esplendor de iluminação, quando o sol a pino subentende que não há sombra, tornando-se um momento de extrema igualdade – ninguém faz sombra a ninguém. Lembra também as benesses da Sabedoria, representada pelo nascer do sol, cujos raios vivificantes espalham luz e calor, ou seja, a Sabedoria e seus efeitos. Quando do encerramento dos trabalhos, a saudação está relacionada à meia-noite, nos dando o alento de que um novo dia irá raiar, pois quanto mais escura é a madrugada, mais próximo está o nascer de um novo dia. A aclamação ao sol no seu ocaso, lembra que a Luz da Sabedoria irradiou os trabalhos, agora prestes a terminar, em alusão ao fim da nossa vida (meia-noite) quando devemos estar certos de que nossa passagem pelo plano terreno fora pautada por atos de Sabedoria.
            No Rito Moderno a aclamação é “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”; no Adoniramita é “Vivat, Vivat, sempre Vivat”; no Brasileiro “Glória, Glória, Glória!” E nos ritos de York ( Emulation ) e Schroeder não existe aclamação.
Huzzé! é, pois, a reiteração que os Irmãos fazem de sua fé no Grande Criador, que tudo pode e tudo governa. E só através DELE encontram o caminho para a ascensão.
            A primeira reflexão, portanto, em torno da aclamação sugere que analisemos nossa vida e verifiquemos se sustentamos os propósitos de paz ou espalhamos a agitação.
            O Mahatma Gandhi dizia que alguém capaz de realizar a plenitude do amor neutralizará o ódio de milhões. Certamente estamos distanciados de suas realizações. Não obstante, podemos promover a paz evitando que ressentimentos e mágoas fermentem no coração dos que conosco congregam e se transformem nesse sentimento desajustaste que é o ódio.
 Certa feita o Obreiro de uma Loja queixava-se do Mestre de Cerimônias ao Venerável por sempre lhe oferecer, na falta dos titulares, os cargos que, segundo ele, eram de mais difícil desempenho ou de menor evidência. O Venerável, um semeador da paz o desarmou.
- Está enganado, meu Irmão, quanto ao nosso Mestre de Cerimônias. Ele o admira muito, sabe que é eficiente e digno de confiança. Por isso o tem encaminhado para desempenho das funções e encargos onde há problemas, consciente de que sabe desempenhá-los e resolvê-los melhor que qualquer outro Obreiro do quadro da Loja.
Desnecessário dizer que com sua intervenção pacificou o Irmão que passou a ver com simpatia as iniciativas a seu respeito. Desarmou, assim, o possível desafeto passando a idéia de que o Mestre de Cerimônias não tinha a mesma opinião a seu respeito, fazendo prevalecer à sugestão de Francisco de Assis: “Onde houver ódio que eu semeie o Amor”.
 Existem aqueles que entendem huzzé como força poderosa, ou seja, um mantra, que deve ser com a consciência de quem a empregua direcionada no sentido do bem. Seria essa a razão e significação da palavra Huzzé como proposta na ritualística Maçônica?
            Devemos acrescer, ainda, que Cristo, em várias oportunidades, saudava os Apóstolos com um “Adonai Ze” (O Senhor esteja entre vós). Essa aclamação os deixava mais alegres e confiantes, formando uma corrente de otimismo. Na Idade Média quando um católico encontrava-se com outro, dizia: DOMINUS VOBISCUM ( O Senhor esteja convosco ); PAX TECUM (A paz esteja contigo ).
            Até pelo exemplo citado, façamos tudo ao nosso alcance para que reine em nossa Loja uma atmosfera de carinho, afeição, tranqüilidade, paz, amor e harmonia para nossa constante elevação e glória do Grande Arquiteto do Universo.
 O emprego da aclamação Huzzé na Maçonaria tem também o sentido esotérico numa indução moral a que se busque o prazer no que se pratica, para o bem da humanidade ( isto no começo ) e, no final, a mesma alegria pelo bem praticado, não sem também invocar particularmente o duplo sentido do “Ele é ou ele está...” ( com todos, evidentemente ).
            O importante é que, no momento exato, gritemos de alegria sempre que pudermos estar reunidos em Templo e rendermos graças por estarmos juntos mais uma vez!.

                                              Huzzé, Huzzé, Huzzé!



Ir.’.  João Alves de Oliveira Filho - MM
A.’.R.’.L.’.S.’. Paz e Progresso – GOBMG - REAA
Oriente Gov. Valadares  - MG
Telefone: ( 33 ) 8816 - 6062

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A A.’.R.’.L.’.S.’. Paz e Progresso – Nº 1.184,

A   A.’.R.’.L.’.S.’. Paz e Progresso – Nº 1.184, Oriente de Gov. Valadares – MG, no dia 30 de Agosto de 2011, promoveu aumento salarial  ( Elevação ) dos Iir.’. Alexandre Martins Bárbara, Marcone Coelho Lopes e Sérgio Adriano Gurgel Ferreira, Iir.’. Estes irmãos demonstraram um excelente desempenho no período de seu Aprendizado, fazendo assim jus ao aumento salarial para o Grau de Comp.’. Maç.’.. Por este motivo aproveitamos a oportunidade para divulgar este ato que deixou toda a família Maçônica da Paz e Progresso orgulhosa. Também queremos agradecer aos Iir.’. que nos ajudaram a  abrilhantar este momento. Segue abaixo um breve relato dos nossos Iir.’..


Ir.’. Alexandre Martins Bárbara, Profissão: Coordenador de Logística, Bacharel em Direito pela UNIVALE, turma de 2004 e bacharelando em Engenharia de Produção pela Faculdade Pitágoras, casado com a cunhada Fernanda Murito Bárbara, pedagoga. Iniciado na Maçonaria em 30 de março de 2010, tendo como Padrinhos: Dr. Osvaldo Célio Berno e Dênis Berno.



Ir.’. Marcone Coelho Lopes, Casado com a cunhada Solange Castro Pires, um pai  presente, atuante e participativo com os filhos Guilherme Pires Lopes, Marcone Coelho Lopes Junior e Alana Azevedo Lopes, empresário do ramo de tintas imobiliárias, com empresas em Caratinga e Gov. Valadares, nasceu em Virginopolis – MG, em 28 de novembro de 1963, filho de Walter Lopes do Carmo ( In Memorion ) e Maria de Lourdes Coelho Lopes, formado em bacharel de Administração de Empresa  na UNEC em Caratinga, iniciado na Maçonaria em Julho de 2010


Ir.’. Sérgio Adriano Gurgel Ferreira, Engenheiro, nascido em 08 de Setembro de 1968, Iniciado na Maçonaria em 31 de Março de 2009, filho de José das Dores Ferreira e Maria de Lourdes Gurgel Ferreira, casado com Juliana Murilo Gurgel, no qual tem 2 filhos – Isadora e Murilo Gurgel.

             No mais a nossa Oficina encontra-se em total felicidade por estes valorosos Iir.’. por terem galgado mais um importantíssimo degrau na nossa sublime Ordem. Desejamos que A.’.D.’.G.’.A.’.D.’.U.’., sejam derramadas sobre eles e vossas Famílias todos os dias de suas vidas.
Um TFA.

Ir.’. João Alves de Oliveira Filho
ARLS Paz e Progresso – Nº 1.184
Oriente de Gov. Valadares – MG
Telefone: ( 33 ) 8816 – 6062

Maçom Seja Consciente de seu Papel e Responsabilidades.

A esquerda o Irmão Janir Adir Moreira, ao centro o irmão Grande 1º Vigilante GLMMG Leonel Ricardo de Andrade Sereníssimo Grão Mestre da GLMMG e a direita o Irmão Dálcio Antônio Cardoso, Grão Mestre Ad’Vitam da GLMMG.
Meus Irmãos,

 As instituições avançam, na medida em que a sociedade progride de uma forma equilibrada, em especial sob o ponto de vista ético e moral. Nesse sentido e em breves palavras, quero despertá-lo acerca da necessidade de que cada Maçom reflita sobre as suas atitudes no presente, seja no seio da Loja, da família ou da comunidade, focando sempre o futuro, tanto de nossa Sublime Ordem como da sociedade de um modo geral e, em especial das localidades onde ele e sua família vivem, trabalha e estudam. O Maçom precisa também entender e perceber que em relação ao passado deve guardar essencialmente as suas referências acerca do que aconteceu de certo ou de errado, visando orientar-se objetivamente no presente para melhor planejar e organizar bem o seu amanhã e o de todos aqueles que o cercam. Que todo Obreiro da Arte Real esteja convicto que essa MAGNÍFICA Instituição chamada Maçonaria pode e deve atuar efetiva e decisivamente em prol do progresso do cidadão, da família e do Brasil.
Eu, em particular, e tenho constantemente tocado no assunto, entendo que no Seio da Maçonaria existem homens com capacidade suficiente para não aceitarmos sem uma ação contundente o estado de coisas que ora assistimos no meio sócio-político brasileiro, onde os desvios de conduta e a corrupção ditam o comportamento e impõem mazelas injustificáveis em todos os níveis da sociedade. Às vezes me pergunto se não estamos nos acostumando e acomodando-nos com os ERROS e com a IMPUNIDADE? Veja você que a imprensa tem denunciado milhares de atos claros de corrupção, mas nada de concreto acontece para resgatar a dignidade e a honra do país e, muito menos, os recursos financeiros escandalosamente ROUBADOS dos COFRES PÚBLICOS.
Ou a sociedade, através de suas instituições mais representativas, desperta para a necessidade de uma reflexão mais profunda acerca do que o país precisa de fato para progredir e evoluir de uma forma equilibrada e consistente, estancando as fontes que sustentam a corrupção política e mascaram um desenvolvimento maquiado pelos interesses de grupos que aviltam a dignidade de quem realmente trabalha pelo bem comum, pela verdade e pela justiça social. Prezado Irmão, sem uma vontade ferrenha, muita obstinação, inteligência, planejamento e, sobretudo, integração e UNIÃO, a Maçonaria brasileira não cumprirá o seu papel. Portanto, sem a força de um conjunto – Grande Loja, GOB e COMAB, não alcançaremos o nosso propósito maior que é o progresso, o crescimento e o desenvolvimento de um meio social mais equilibrado, harmonioso e justo que, consequentemente se estenderia à família e, por conseguinte, ao Seio da Maçonaria. 
Certa vez um Irmão me disse que Maçonaria jamais conseguiria acabar com a fome, a violência e a corrupção, mas, no entanto, que os Maçons poderiam dar o exemplo e, dar o exemplo para aquele Irmão não era simplesmente não fazer nada de errado, mas sim fazer a coisa certa, ou seja, agir pró - ativamente no enfrentamento de toda e qualquer situação incoerente com os Princípios que regem a Sublime Ordem e ferem os preceitos que norteiam a cidadania e a evolução da sociedade.  
 Aquele Irmão em sua simplicidade de um “Velho Mestre” quis dizer que a Maçonaria jamais poderia deixar de lutar a favor da Moral, da Justiça e da Verdade e mais, que o Maçom tem que colocar a Razão à frente de suas ações, para que a sua VOZ e as suas MANIFESTAÇÕES não sejam entendidas como lamentos, mas sim como POSICIONAMENTOS claros e firmes à favor e em defesa da vida humana com dignidade, onde DEVERES e DIREITOS se harmonizem com as necessidades de todos os ENTES sociais.
Eu, sinceramente, não vejo outra Instituição com tantas possibilidades como a Maçonaria para que tal fim seja alcançado. Qual outra tem a estrutura humana semelhante? Qual outra traz em seu Seio tamanha diversidade de homens (credos e crenças, artes e profissões, idéias e ideais...) focados em um objetivo comum? Qual outra participou tão efetivamente de momentos determinantes para humanidade? Qual outra tem a FORÇA construtora de LIVRES PENSADORES?
Eis aí a importância de que o Maçom esteja consciente de seu Papel e Responsabilidades.
Vou ficando por aqui, mas deixo-lhe como desafio, até porque vou voltar a tocar no assunto, pensar nos aspectos ligados em como sermos mais atuantes, em especial no que tange a liderança, planejamento, gestão e projetos para o presente e para o futuro.  
Um Tríplice e Fraternal Abraço,


Ir.'. Leonel Ricardo de Andrade
Grande 1º Vigilante GLMMG
www.glmmg.org.br
landrade33@netsite.com.br
(34) 9926-0891

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Comenda do Mérito D. Pedro I foi concedida ao  
Maçon Mais Antigo do Quadro de Obreiros da
Loja Maçônica Paz e Progresso Nº 1.184..


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            -Em Sessão Magna realizada em 2008 na Loja Maçônica Paz e Progresso – 1.184, Oriente de Governador Valadares – MG com a presença do Grão Mestre Estadual Eminente Ir.’. Amintas de Araújo Xavier que se fazia acompanhar de uma grande comitiva de Deputados da PAELMG, M.’.I.’., do Ir.’. Antonio Eustáquio de Araújo – Presidente do Conselho de Veneráveis do Vale do Rio Doce e de diversos Obreiros da nossa cidade e região foi feita a entrega de Diploma e da Comenda do Mérito Dom Pedro I. Esta é a maior honraria destinada a um Maçon, que só é presenteada ao Ir.’. que comprovadamente tenha prestado sem interrupção, relevantes serviços ao Grande Oriente do Brasil, a Pátria e Fraternidade Universal num período de 50 ( Cinqüenta ) anos. O homenageado com todo merecimento foi o Ir.’. Dr. Manoel Rodrigues da Paixão. Nascido 05 de dezembro de 1922 filho de José Rodrigues da Paixão e Francisca de Assis Coelho Rodrigues, Cursou o primário e ginasial em Teófilo Otoni, Faculdade de Farmácia e Odontologia de Estado do Rio de Janeiro, onde se formou em 1950 em Odontologia, Exerceu a odontologia a princípio na sua terra natal ( Itambacuri  ), depois passou por várias cidades da região, no exercício da profissão chegando  em Governador Valadares  em 1952 , onde foi um dos pioneiros na profissão que desempenhou com destaque profissional, ético e honradez. Iniciou na Maçonaria em 18 de Junho de 1955, foi a Mestre Maçon  em 13 de Dezembro de 1955, Benemérito 06 de Maio de 1985, Emérito 19 de Dezembro de 1987, Remido 18 de Fevereiro de 1990 e Comenda do Mérito Dom Pedro I, em  07 de junho de 2008. O Resp.’. Ir.’. Dr. Manoel Rodrigues da Paixão é um orgulho vivo no quadro de Obreiros da Loja Maçônica Paz e Progresso – 1.184, pois além de ser um Maçon brilhante, trata-se de um chefe de família respeitado, honesto, e honrado na sociedade de Gov. Valadares.  Por este conjunto a Loja Maçônica Paz e Progresso orgulha de tê-lo em nosso convívio.
               Um T.’.F.’.A.’. para todos.


Ir.’. João Alves de Oliveira Filho
A.’.R.’.L.’.S.’.  Paz e Progresso – 1.184
Oriente de Governador Valadares – MG
E-mail: joaoalvesof@hotmail.com

REFORMA DO JAZIGO DO CEMITÉRIO SANTO ANTÔNIO


-O Projeto para a reforma do jazigo do Cemitério Santo Antônio foi feito pelo nosso Ir\ João Alves de Oliveira Filho. Analisado e autorizado pelo Ir\ Francisco Sérgio Silvestre - Venerável Mestre da A\R\L\S\ Paz e Progresso. A obra foi custeada pelas A\R\L\S\ Mestres do Vale – 1.065 e A\R\L\S\ Paz e Progresso – 1.184.   O Mestre de Obra dessa reforma foi o nosso - Ir\ Ap\Antônio Araújo da Silva Júnior, Obreiro da A\R\L\S\ Solidários do Rio Doce. 

Ir\ João Alves de Oliveira Filho
A\R\L\S\ Paz e Progresso – 1.184 – GOBMG –GOB – REAA
Gov. Valadares – MG
E-mail: joaoalvesof@hotmail.com
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ANTES
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DEPOIS
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terça-feira, 21 de junho de 2011

Reforma da Câmara de Reflexão



A Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo

-Ao se tomar conhecimento da trajetória da Maçonaria, pode-se perceber que ela está e sempre esteve presente na maior parte dos acontecimentos históricos.

Talvez a Revolução Francesa venha a ser o exemplo mais destacado, uma vez que os ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade eram comuns aos revolucionários e aos Maçons.
Alem disso, tendo por objetivo unir todas as religiões do mundo, a Maçonaria entra em conflito com a igreja Católica e, como resultado deste conflito, surge o primeiro documento a estabelecer o distanciamento entre as duas instituições: A constituição Apostólica (Bula Papal) in eminenti apostolatus specula, do papa Clemente XII (1730 - 1740), datada de 28 de abril de 1738, que afirma em parte de seu texto:
Por isto proibimos seriamente, e em virtude da santa obediência, a todos e a cada um dos fieis de Jesus Cristo, de qualquer estado, grau, condição, classe, dignidade e preeminência, que sejam laicos ou clérigos, seculares ou regulares, ainda os que mereçam uma menção particular, ousar ou presumir sobre qualquer pretexto, entrar nas ditas sociedades de Francomaçons ou as Chamadas maneira (COLUSSI, 2002, p.13).
Esta Bula Papal foi suficiente para difundir uma imagem e um conceito subversivos a respeito da Maçonaria, fato que ocorre ate os dias atuais.
O presente artigo não visa defender e nem atacar os Maçons e simpatizantes da Sublime Ordem, mas promover um pouco mais de conhecimento a todos os que se interessam pelo assunto e mostrar que a Maçonaria, com a proposta de unir os homens e as religiões, contribui para o avanço a fixação de um ramo do cristianismo em solo brasileiro: o Presbiterianismo.
Desta forma, amparados em fontes secundarias, abordemos a ‘‘ Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo’’, apresentando algumas das varias formas em que, amigavelmente, a Maçonaria contribuiu para a inclusão desta tradição reformada no Brasil do Século XIX.
Sabe-se que a Maçonaria tem por objetivo levar adiante o seu lema: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Assim, propomo-nos a apresentar neste artigo alguns fatos históricos que comprovam a relação amigável entre a Maçonaria e o Presbiteriano neste Brasil do Século XIX.
Ao analisarmos o trabalho presbiteriano em solo brasileiro, sem duvida alguma, não podemos desconsiderar a relação e a contribuição que a Maçonaria ofereceu para a inclusão do Presbiterianismo no Brasil. Em carta datada de 03. 02. 2007, endereçada ao presbítero Athos Vieira de Andrade, o pastor presbiteriano Waldur Carvalho Luz diz:
... Forçoso me é reconhecer que a Maçonaria, nos primórdios da igreja Presbiteriana do Brasil, preciosa cobertura e apoio, quando forte era a oposição e hostilidade por parte da igreja dominante e das autoridades adversas (apud, ANDRADE, s/d p.22)
Esta contribuição tornou-se bastante estreita, e não passou despercebida ao clero católico da época que se opôs á inclusão das novas religiões – no caso, o Presbiterianismo – em solo brasileiro.
Quando o primeiro pastor Presbiterianismo Ashebel Green Simonton (1833 - 1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou na província de São Paulo, cerca de 700 alemães Protestantes. Com a preocupação de reuni-los, Simonton procura um salão para pratica do trabalhos religiosos, porem sem sucesso. Chega a negociar o salão da loja Maçônica ‘‘Amizade’’. Mas por dificuldades financeiras , desiste de usar o local. Porem os Maçons paulistas insistem para que Simonton continue a realizar os trabalhos religiosos, e oferecem a ele o Salão da Loja gratuitamente. Andrade, citando a obra de Descartes de Souza Teixeira, faz o seguinte relato:
...Estudos e pesquisas recentes, revelando a historia da mais antiga das lojas Maçônicas de São Paulo, ‘‘ Amizade’’, realizados por José Castellani e Claudio Ferreira, permitiram extrair preciosa informação sobre cultos dos protestantes em são Paulo. A ata da sessão da Loja, datada de 15 de maio de 1858, contem a seguinte informação, aqui destacada ‘‘ in verbis’’.
...O tronco de propostas produziu uma peça de arquitetura propondo que se empreste, para os domingos, aos nossos Irmãos Protestantes, para celebraremos atos de sua religião, as salas externas deste templo. Requerida e concedida foi a proposta aprovada... e dando a palavra a bem da ordem em Geral e da Loja , o irmão H. Shroeder das salas aos nossos irmãos Protestantes ao que respondeu o Irmão Venerável...’’.
‘‘...O episodio em si mesmo é testemunho exemplar da convivência fraterna existente entre os Maçons e protestantes da época.
É especialmente revelador denominar os ‘‘ Irmãos Protestantes’’.
A loja alem de contar com vários clérigos católicos, conforme o registro de Castellani, contava com ‘‘ Irmãos Protestantes também. Esse relacionamento estendeu-se por longo tempo, atravessando mesmo o período inicial da Republica. Os Maçons prosseguiram oferecendo apoio à expansão do protestantismo no Brasil. Pastores e leigos, Protestantes ( presbiterianos e episcopais) integravam muitas Lojas Maçônicas’’ ( apud, ANDRADE, 2004, PP.55-56).
Através do registro acima, vemos a Maçonaria se relacionando de forma amigável e contribuindo para a inclusão do Presbiterianismo, cedendo seu salão para a realização das reuniões religiosas dos Presbiterianos. Alem deste episodio, outros fatos da Historia oferecem informações sobre o relacionamento entre Maçonaria e Presbiterianismo.
Um dos Grandes nomes que aqui citamos, e que fez partes do quadro do pastores da igreja Presbiteriana, é o de Miguel Rizzo Junior, filho de imigrantes italianos, que chegou ao Brasil ainda adolescente. Por volta de 1880, o missionário Ver. John Boyle (1845-1892) chega á cidade de Cajuru, onde encontra forte Oposição por parte do Catolicismo, para desenvolver seu trabalho religioso. Por onde quer que passasse, o Ver. Boyle não teria sucesso, pois o padre da cidade proibiu o povo de dar ouvidos, atender ou se comunicar com ‘‘ um certo pregador visitante’’. Com medo das advertências, a população obedeceu e ignorou o Ver. Boyle.
Porem, o Ver. Boyle encontra o Maçom Miguel Rizzo, que lhe deu toda a atenção. E este Maçom cedeu-lhe seu auditório para a realização dos serviços presbiterianos. Esta amigável acolhida resultou na conversão do Maçom ao presbiterianismo, que, posteriormente, viria a se tornar o respeitável Pastor Presbiteriano Miguel Rizzo Junior.
O estado do Paraná também é palco do histórico relacionamento entre a Maçonaria e o Presbiterianismo Guarapuava foi o local das pregações Presbiterianas realizadas pelo Ver. Roberto Lenington (1833-1903), em maio de 1886. Estas pregações eram realizadas na casa do Maçom Francisco de Paula Pletz. Mais uma Vez, vemos o Presbiterianismo iniciando na casa de um Maçom.
Mas a contribuição da Maçonaria não para ai. A relação que a Maçonaria desenvolveu com o Presbiterianismo foi alem do que imaginamos. Dois anos após a organização da Igreja Presbiteriana de Guarapuava, as instalações locais se encontravam em péssimas condições. Observando o que se passava, o Maçom e membro da igreja Francisco de Paula Pletz encaminha solicitação á Loja Maçônica ‘‘ Philantropia Guarapuavana’’ para o uso de suas dependências com fins religiosos. A igreja é atendida.
Em Minas Gerais, a cidade de Cabo Verde, especialmente, nos apresenta a relação e a contribuição que a Maçonaria amigavelmente realizou. A Loja Maçônica Deus e Caridade contribuiu e presenciou naquela cidade. Em 20 de agosto de 1870, chega a Cabo Verde o missionário Presbítero Ver. John Boyle. A loja acompanhou as dificuldades enfrentadas pelo pastor missionário, e não fugiu à sua responsabilidade, cedendo uma sala para a realização das reuniões presbiterianas.
Gostaríamos de citar aqui todos os fatos, mas não o faremos para que o curioso espírito de pesquisa seja despertado no leitor. Entretanto, cremos que os relatos aqui expostos já são suficientes para demonstrar que a Maçonaria se relaciona muito bem com instituições religiosas. E, de acordo com que pudemos pesquisar, observamos que tanto a Igreja Presbiteriana como a Maçonaria se relacionam para o desenvolvimento das religiões cristas em solo brasileiro.
Desta forma, baseados na historia, podemos afirmar que a Maçonaria foi a grande auxiliadora das novas idéias, inclusive religiosas, sobretudo quando a Igreja Presbiteriana se viu perseguida pela igreja Romana.




Colaboração do Irmão João Alves de Oliveira Filho – MM
Loja Maçônica Paz e Progresso – Nº 1.184 – GOBMG – GOB - REAA
Governador Valadares – MG

Trabalho Feito Pelo Senhor Willson Ferreira de Souza Neto é Pastor da igreja Presbiteriana do Brasil, Bacharel em teologia e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo – SP.

Trabalho Transcrito da Revista A Trolha
Edição Nº 274 – de Agosto de 2009.

Modernização da Iluminação e Ventilação